ESTAVAM DEITADOS NA CAMA. Dois meninos. Um deles doente, o corpo encolhido, a cabeça deitada no peito do outro menino que o abraçava. A garganta doía.
- Vou fazer um chá pra ver se você melhora!
Levantou. Foi até a cozinha. Barulho de talheres. O corpo nu fazia sombra nas paredes.
- - -
- Hei, hei! – ele tinha cabelos cacheados e tinha uma caneca de chá nas mãos.
- Você demorou... - meio adormecido, cabelos lisos, costas largas, garganta inflamada, trintaenovegraus.
- Fui fazer seu chá, lembra? Tá pronto, ó. Senta!
A caneca estava vazia no chão ao lado da cama. Os corpos nus agora cobertos. Fazia frio. Volta a cena do abraço.
Talvez tenha sido o efeito do chá ou o delírio da febre:
- Posso te contar uma coisa?
- Pode! respondeu o de cabelos cacheados. Achando que falariam sobre chás, sobre doenças de infância, sobre a saudade de casa. Medo de altura, talvez; Quem sabe de avião.
- Eu te amo.
Sabe você, leitor, quando o corpo arrepia, os olhos lacrimejam? Saberia você algo sobre aquele momento em que o abraço estreita, as palavras fogem, a alma sorri?
- Eu também...
4 Comments:
Eu realmente me emocionei com texto... Muito fofo! ^^
Parabéns pela nova e boa fase!
Um grande beijo! Muitas saudades!
Agora é pra sempre. Tátor. (Estou sorrindo..)
Tomara!
eu sei sim quando os olhos lacrimejam...
e de resto não sei o que dizer, te amo meu amigo! belas palavras as suas...
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