Não leia, é tudo verdade!

MODERNIZANDO ATITUDES

Sinceramente, homem moderno é coisa que eu não era. Uma porque o próprio nome (moderno) já inspira viadagem; e outra, porque eu mal fazia idéia do que vinha ser essa tal modernidade masculina.

Textos de auto-ajuda e correntes na internet em geral vêm pregando há tempos a existência da mulher do novo milênio, as garotas hight-tech. O que traduzindo significava – e significa – meninas que além dos sonhos habituais que a natureza e a história machista lhes impõem (casar, ter filhos), alimentam vontades por administrar empresas, tocar seus próprios negócios, e muitas vezes ignorar a natureza, fechar as pernas e gritar aos sete ventos: “Primeiro eu, depois os outros.” O que me faz pensar, mas não espalha, que de tanto quererem bater de frente com os homens, acabaram se tornando homens de saia, ou mulheres modernas (que é o termo que ta na moda).

Essa reflexão toda me faz pensar: Qual o papel do homem moderno na sociedade atual, se é que ele existe?

Procurando a resposta para essa pergunta, me dei conta de que não há homens modernos, ou melhor, há sim, mas eles são exatamente iguais aos homens dos milênios anteriores: com egos super-alimentados, cheios de orgulho, escondendo totalmente seus sentimentos por medo de que isso os prejudique ( sabe Deus em que!).

É comum ao homem - moderno ou não – esconder o que sente para passar a idéia – falsa – de segurança, onipotência, virilidade, ainda na idéia machista de que mostrar os sentimentos é coisa de mulher. E o pior disso, pasmem, esse pensamento virou moda entre as mulheres da Nova Era. As próprias mulheres, num misto de auto-preconceito com vontade de se impor, acabam numa crise de identidade querendo tomar as rédeas da relação (não que elas não possam fazer isso. Elas podem. Mas liderança é conquistada e não imposta) e para tanto apelam também para crises de orgulho e não ligam mais no dia seguinte, somem quando bem entendem, transam depois caem fora. Ou seja, tomaram totalmente o papel que nós homens vínhamos realizando tão bem, causando uma CRISE, um rompimento, uma QUEBRA na relação. Porque já se tem por senso comum a fama da compreensão e da sentimentalidade da mulher. É a mulher que liga no dia seguinte e é a mulher que fica brava porque o homem não lembrou a data do primeiro beijo.

Dia desses mesmo, era aniversário de namoro de um amigo meu (ele sabia, mas não ia falar nada, pois é óbvio a qualquer momento), passou uma hora, duas, três, alugaram um dvd, assistiram, jantaram e ele “Porra, amor, esqueceu, é?” “Do que?” “É nosso aniversário hoje” “Há! Tanto escândalo por isso”.

E nisso esse meu amigo me liga e desesperado: -Porra, mas não é o homem que esquece essa merda?

Mas a questão é essa, a natureza precisa de polaridade, dois iguais não ocupam o mesmo espaço, e já que as mulheres modernas estão ocupando o lugar dos homens na relação, cabe aos homens ou passar a expor os sentimentos ou manter essa relação quase que homossexual: mulher-macho-moderna X homem.

Cheguei no ponto que eu queria, acreditem, o homem odeia ser sensível, mas odeia ainda mais qualquer situação que o faça parecer gay, por isso, senhoras e senhores, venho informar que boa parte dos homens do novo milênio expõem seu sentimentos, trouxas são os viadinhos que não expõe. Eu era um deles, até ver que a soma do meu orgulho másculo com o orgulho femininamente masculinizado da garota mais lindamente moderna que eu já vi, me fez perdê-la, me fez vê-la dar as costas e seguir um caminho do qual não faço parte. E por isso, ladies and gentleman, recentemente me tornei um homem moderno, e não tenho vergonha de assumir, já perdi muita briga tentando ser durão.

Há quem fale que moderno mesmo é não ter compromisso, é tomar uma breja gelada com os amigos vendo as “modernozas” rebolando um funk e é pra essas pessoas que eu digo: Cansei, moderno mesmo é dizer te amo.

Tácio.Oliveira - O.Mentiroso

Ps- Nova postagem sempre que possível